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O topo dos prédios é onde se recebe os equipamentos de (SPDA) e nem sempre recebe a atenção necessária.

Esta é uma área que necessita de cuidado especial, o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), popularmente chamado de para-raios, é um de seus principais equipamentos.

O síndico deve estar atento a manutenção do para-raios do empreendimento pois no caso da não conformidade do uso, o profissional pode ser responsabilizado por negligência e o seguro do condomínio invalidado. Além disso, a falta de manutenção ou até inexistência desse equipamento pode trazer prejuízos, como: Queima de equipamentos, acidentes, incêndios, ou até risco de morte para quem vive no condomínio. Fique atento!

A instalação dos Sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) é uma exigência do Corpo de Bombeiros, regulamentada pela ABNT Norma NBR 5419/15 e tem como objetivo conduzir possíveis descargas atmosféricas até o solo, através de condutores de captação, descidas, e dispersadas pelo sistema de malha de aterramento – A garantia da eficiência do sistema de SPDA é feito através da MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA DO ATERRAMENTO. 

Atualmente existem 2 métodos de dimensionamento em CONDOMÍNIOS:

Método Franklin, porém com limitações em função da altura e do Nível de proteção;

Ilustração do Para-raio tipo Franklin 

Método Gaiola de Faraday;

Ilustração do Para-Raio tipo Gaiola de Faraday

O método Franklin, são instalados para proteger o volume superior de uma edificação (caixa de escada, topo de caixa d água).

O método Gaiola de Faraday consiste em instalar um sistema de captores formado por condutores horizontais interligados em forma de malha. É baseado na teoria de Faraday, segundo a qual, o campo no interior de uma gaiola é nulo, mesmo quando passa por seus condutores uma corrente de valor elevado, para isto, é necessário que a corrente se distribua uniformemente por toda a superfície. Quanto menor for a distância entre os condutores da malha, melhor será a proteção obtida ( NBR 5419/2015).
 

Execução 

A execução do sistema começa pela contratação de uma empresa especializada em SPDA. Deve, como em qualquer outra atividade, atender a todos os requisitos (trabalhadores legais, encargos sociais em dia etc.), e que sigam as exigências de segurança no trabalho (treinamento de segurança básico, treinamento específico para trabalho em altura – NR 35, NR-10, NR -18). Os trabalhadores devem ser treinados e utilizar EPIs adequados a cada tarefa. A empresa deve realizar um estudo preliminar de riscos e apresentar medidas preventivas de segurança. Durante a realização dos serviços, deve-se realizar uma fiscalização permanente.

Controle da qualidade
O controle de qualidade começa pela especificação correta, no projeto, nos materiais com as características previstas em norma. Todos os materiais deverão ser rigorosamente vistoriados e conferidos para evitar retrabalho e problemas legais.
 

Na Manutenção
O responsável pelo imóvel (síndicos, gerentes e gestores, deve estar atento a manutenção do para-raios do empreendimento pois no caso da não conformidade do uso, o profissional pode ser responsabilizado por negligência e o seguro do condomínio invalidado! Os SPDAs devem passar por inspeções visuais anualmente e inspeções completas (de acordo com o nível de proteção requerido), e nessas inspeções deverão ser identificadas eventuais irregularidades e, no caso, corrigidas imediatamente para garantir e eficiência do sistema.

Hélton Pinheiro – Diretor Técnico MH CONSTRUÇÕES LTDA

CREA-CE 

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