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10/09/2019

Gestão financeira é essencial à saúde do condomínio, dizem especialistas

Gestão financeira é essencial à saúde do condomínio, dizem especialistas

Ser síndico em um prédio ou condomínio de casas é uma missão que muita gente foge para evitar dor de cabeça. Isso porque administrar um conjunto não é apenas lidar com os problemas de cada morador, mas também manter a saúde financeira em dia.

 

É uma tarefa complexa porque envolve gerir o patrimônio de muitas pessoas. Por isso, é preciso ter uma administração capacitada e entender de gestão. Não basta apenas ter boa vontade e bom relacionamento com os vizinhos.

 

“Independentemente de ser profissional ou morador, o mais importante é que ele tenha um conhecimento mínimo em relação as funções de síndico. Além de tempo disponível para solucionar as questões do condomínio. E, que possa estar o mais presente possível, porque assim, certamente terá um melhor desempenho em suas funções”, afirma Paulo José Fernandes Junior, advogado especializado em direito imobiliário.

 

Uma administração transparente e profissionais capacitados são imprescindíveis para promover o equilíbrio adequado das despesas e das receitas. Mas segundo Paulo José, o síndico não necessariamente precisa ter uma formação específica na área.

 

“Basta ter um conhecimento mínimo das responsabilidades e funções de síndico, entender a natureza jurídica do condomínio, tem noções de direito (direito de vizinhança, direito condominial, direito contratual e direito trabalhista), ter uma boa relação interpessoal com todos e buscar desempenhar um trabalho de forma séria”, diz Paulo.

 

E de todo os problemas de um condomínio, um dos principais é a gestão financeira. Um condomínio no vermelho pode trazer prejuízo aos moradores e prejudicar os serviços, como segurança, manutenção de áreas comuns.

 

Para Rodrigo Cesar Moro, advogado atuante em direito imobiliário na área condominial, é imprescindível estabelecer o valr da taxa condominial em patamar que seja suficiente para arcar com os gastos mensais do condomínio.

 

“O importante é considerar uma certa margem de inadimplência. No sentido de não gastar mais do que a arrecadação. A previsão orçamentaria é muito importante, porque ela irá nortear qual a receita necessária, e quais os resultados pretendidos dentro do exercício”, diz.

 

Segundo os especialistas, ter o controle de inadimplência exige a cobrança efetiva, no sentido de evitar altos valores acumulados. Um percentual tolerável de inadimplência varia em torno de 10% a 20%.

 

“Ultrapassando estes limites certamente haverá o comprometimento da receita condominial. Manter uma cobrança efetiva, através de profissionais qualificados que possam de fato, conseguir recuperar os créditos em aberto é muito importante”, afirma Paulo.

 

Em São José do Rio Preto (SP), uma palestra com o tema “Gestão financeira e controle da inadimplência em condomínios” será feita no dia 6 de agosto.

 

Fonte: G1 


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