Dicas para Condominios com o Dr Seguranca - Dr. Jorge Lordello
Conhecido na mídia como Doutor Segurança. É apresentador do programa Operação de Risco/RedeTV e comentarista de segurança do RedeTV News. Bacharel em Direito formado pela PUC/SP e autor de diversos livros no Brasil e exterior. Delegado de Polícia/SP por mais de 20 anos. Especialista em Segurança e Analista de Risco Condominial e Empresarial, palestrante, conferencista e pesquisador criminal.
A insegurança de um morador pode comprometer a segurança de todos
Em busca de segurança, um grande número de famílias vêm se mudando de suas confortáveis casas para condomínios. Por não estarem habituados à vida em edifícios, muitos desses novos moradores não entendem que eles também fazem parte do esquema de segurança. Assim, deixam de colaborar com o trabalho dos porteiros e zelador. E o principal motivo chama-se “comodidade”.
Ao insistirem, muitas vezes motivados por pressa ou antipatia para com a disciplina, em descumprir normas e procedimentos internos aprovados em assembleia, geram “insegurança coletiva”.
O pior cenário, é quando o síndico não tem pulso para colocar “ordem na casa”, ou seja, recebe reclamações de funcionários e moradores apontando atitudes inseguras de condôminos e, para não se indispor, não toma as devidas providências punitivas. Esse quadro gera dois problemas:
1) Porteiros e zelador ficam desanimados e passam a fazer vista grossa quando normas internas são desrespeitadas.
2) Clima de desentendimento entre moradores que querem segurança e aqueles que desejam menos controle na entrada de autos e pessoas.
Todos deveriam entender que o maior risco para o morador é o seu próprio comportamento.
Síndico não pode desanimar e nem se omitir!
Estatisticamente, todo edifício tem de 5 a 10% de moradores que relutam em cumprir normas e obrigações. Não se pode permitir que a minoria prevaleça sobre a maioria. Segundos gastos com segurança podem render dias, horas e até anos de paz.
Marginais buscam encontrar oportunidades, brechas ou pequenas vulnerabilidades para ingressar no condomínio.
Um dos exemplos negativos mais clássicos, é o não fechamento completo do portão da entrada. A pressa é tanta, que o condômino larga o portão sem verificar se ocorreu o trancamento.
Outra cena insegura, e que já gerou muitas invasões a prédios, é a do morador que ao entrar no edifício mantém a porta aberta para entrada de outra pessoa que vem logo atrás, mesmo sem conhecê-la, prejudicando, dessa forma, o trabalho de triagem do colaborador da guarita. Até o excesso de gentileza, infelizmente, pode vulnerabilizar o prédio. A situação mais adequada seria a de ter certeza da não presença de outra ou outras pessoas ao seu lado. Para tanto, deve focalizar seu entorno e desacelerar ou mesmo evitar entrar no edifício em circunstâncias que não sejam de plena segurança.
Não podemos esquecer daquele morador apressado que ao sair do prédio permite que outro entre ao mesmo tempo. Com isso, o porteiro fica totalmente vendido, pois abriu o portão principal para a saída do morador e não tem como impedir o estranho de adentar.
Todos devem colaborar com a segurança coletiva e relatar, junto a administração do condomínio, segundo as normas, qualquer irregularidade constatada.
A minimização de riscos acontece quando síndicos proativos promovem estratégias para conscientizar funcionários e moradores. Isso pode ser feito através de palestras, informativos afixados e distribuídos em mãos, envio de mensagens eletrônicas e etc.
Ao identificar os principais problemas, o administrador deverá fazer circular informações de ordem preventiva, bem como aplicar as devidas sanções aos infratores.